ABSTRACT
Dez pacientes portadores de retocolite ulcerativa inespecífica em atividade leve e moderada foram acompanhados por um período de quatro meses. Foram avaliados os seguintes indicadores de atividade da doença: clínicos (número de evacuaçoes e presença de sangue nas fezes), laboratoriais (hemoglobina, contagem de plaquetas, VHS, mucoproteínas, alpha1-glicoproteína ácida e PCR), escore retossigmoidoscópico e histopatológico. Avaliou-se também o metabolismo protéico dos pacientes mediante (15)N-glicina e amônia como produto final. Apenas um paciente teve exacerbaçao acentuada da atividade da doença durante o período de estudo. Esse paciente apresentava no início do estudo valores de síntese e catabolismo protéicos superiores aos de todos os outros pacientes, ou seja, 4,51 e 3,47 g de proteína/Kg/dia, respectivamente, mostrando estado de hipermetabolismo, compatível com aumento da atividade da doença. Esse aumento de atividade nao foi, entretanto, detectado pelos demais indicadores utilizados, possibilitando aventar a hipótese de que a avaliaçao do metabolismo protéico consegue detectar precocemente o agravamento da atividade da doença em pacientes com retocolite ulcerativa.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Colitis, Ulcerative/diagnosis , Proteins/metabolism , Severity of Illness Index , Colitis, Ulcerative/metabolismABSTRACT
A assimilaçäo da proteína dietética por pacientes cirróticos apresentando desnutriçäo protéico-calórica, avaliada por indicadores antropométricos (pregas cutâneas e musculatura braquial) e bioquímicos (proteína ligadora do retinol e pré-albumina) foi investigada em cinco indivíduos adultos, do sexo masculino, apresentando cirrose hepática (com diagnótico histológico) em grau leve (Child Turcotte-Pugh: Grau A). Durante os 9 dias de estudo dietético, os pacientes receberam via oral, dietas regionais completas, contendo diferentes proporçöes de proteínas/calorias/Kg/dia, identificadas como hipoprotéica-hipocalórica (DO) = 0,42/20,9; normoprotéica (DI) = 0,91/37,5; normoprotéica-hipercalórica (D2) = 0,99/47,9 e hiperprotéica-normocalórica (D3) = 1,60/40,5. Os respectivos valores para o balanço nitrogenado (X ñ s) foram (g/dia): DO = 2,46; DI = 0,66 ñ 1,99; D2 = 1,14 ñ 2,54 e D3 = 5,12 ñ 2,48. A excreçäo uréica correspondente foi de (g/Kg/di): DO = 0,22 ñ 0,10; D1 = 0,24 ñ 0,10; D2 = 0,20 ñ 0,06 e D3 = 0,31 ñ 0,12. A melhoria observada no balanço nitrogenado sugere que pacientes, neste grau clínico de cirrose, apresentam melhor resposta ao incremento protéico do que energético, na dieta, tendo boa tolerância aos níveis normais e, até mesmo, elevados de proteína dietética